reutilização água das piscinas

Essencial à vida, a água é também um bem escasso, influenciando a saúde dos povos, quer pela sua qualidade, quer pela disponibilidade. Dada a sua importância, facilmente se depreende que a carência da água coloca em risco o desenvolvimento socioeconómico, a produção de energia e alimentos, a construção de ecossistemas saudáveis e a sobrevivência da espécie humana.

Lamentavelmente, este recurso não irá continuar ao dispor da população da forma que até agora conhecíamos. Segundo a Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas de Guimarães, as projeções climáticas para o município apontam, entre outras alterações, para uma potencial diminuição da precipitação total anual e para um potencial aumento das temperaturas, intensificando a ocorrência de verões mais quentes e secos e, ainda, um aumento da frequência de ondas de calor e de eventos de precipitação intensa ou muito intensa.

Partindo deste diagnóstico, e operando através de um Ecossistema de Governança, várias instituições vimaranenses cooperaram no desenvolvimento e implementação de um projeto – piloto numa das piscinas Municipais de Guimarães: o Complexo de Piscinas de Guimarães. Assim, este piloto resulta de uma parceria da Câmara Municipal de Guimarães, da Tempo Livre, do Laboratório da Paisagem, da Vimágua e da VITRUS. Este projeto visa a aplicação de medidas para a reutilização da água que não se encontra nas condições iniciais, mas que pode ser usada noutras atividades. Assim, numa fase inicial, e através da instalação de um sistema adequado, procede-se ao armazenamento da água da piscina habitualmente rejeitada (limpeza de filtros e regeneração). Posteriormente, esta água é utilizada para usos não potáveis nomeadamente para a limpeza de arruamentos no Centro Histórico de Guimarães.